segunda-feira, 27 de outubro de 2008

É bom saber!


Halloween?


Ano Novo Celta


31 de outubro é o dia mais importante no ano satânico. Marca o ano novo Celta, neste dia, realizavam cerimônias de adoração ao "deus da morte" ou ao "senhor da morte". Isso acontecia na cerimônia "Samhain" durante o festival de inverno, na qual eram oferecidos sacrifícios humanos. Ao mesmo tempo, outros espíritos maus levantavam-se e perturbavam os povos. No dia 31 de Outubro, os Celtas esperavam ser perturbados por fantasmas, por espíritos maus, e por demônios; e não lhes era nenhum divertimento ou jogo! Iluminariam fogueiras para guiar os espíritos da sua própria cidade e para manter fora os espíritos maus de outros lugares.

Os Druidas

Os Celtas tiveram padres satânicos chamados Druidas. Em 31 de Outubro, os druidas iam de casa em casa exigir determinados alimentos, e todos aqueles que recusassem doar eram amaldiçoados. Os povos eram atormentados por meio da mágica. Enquanto os druidas carregaram grandes nabos ocos os quais eram consagrados e esculpidos faces de demônios como encantos. Cada um acreditava conter o espírito do demônio que havia conduzido pessoalmente ou guiado esse padre - seu pequeno deus. Os trajes eram fantasiados às vezes para esconder a identidade do druida porque ameaçaria povos com as maldições se não cooperassem com o alimento exigido.

Divindade

Aqueles que adquiriam fortuna falando em divindade descobriram que esta era a noite que tinham o maior sucesso. Convidavam Satanás para abençoar seus esforços. Uma forma de divindade devia pôr maçãs em um barril e curvar-se sobre elas. Quem primeiramente conseguisse puxar uma maçã sem usar seus dentes, teria a boa sorte durante todo o ano. Então descascariam a maçã e jogariam a casca sobre seu ombro e olhariam rapidamente ao redor. Esperaram ver uma visão ou uma aparição que indicasse com qual desses eles deviam se casar.

Sacrifício

Estas coisas aconteceram diversos séculos antes de Cristo. Os sacrifícios foram feitos aos deuses, especialmente ao deus da morte: Sam Hain. Sacrificavam-se tudo desde vegetal ao ser humano eram oferecidos. Isto aconteceu, e em algumas partes do mundo e ainda hoje acontece.

O Oitavo Século

No oitavo século, o papa, em um esforço para fazer os povos parar o festival de Sam Hain, inventou o dia de todos os santos (1. de Novembro). Esta era uma tentativa de afastar os povos da horrível observância de Sam Hain. Todo "dia dos santos" eram prestado homenagens aos mártires da perseguição romana. Não funciona. Nunca funcionará o Cristianismo e um feriado pagão. O santo e o profano não se misturam!!

A Idade Média

Na idade média houve uma grande renovação de práticas satânicas, da feitiçaria a mágicas satânicas - como existe hoje. Durante este tempo, a idéia é que as bruxas viajavam em cabos de vassouras aos sábados negros (a celebração do dia das bruxas a cada 31 outubro) para a adoração a Satanás.

Foram guiadas por espíritos na forma de gatos pretos. Os druidas adoravam os gatos que acreditavam ser a reencarnação de pessoas más.
Nos Estados Unidos
O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava.


O Halloween Moderno

E a celebração moderna de Halloween? Não é o tema inteiro uma escuridão, morte, medo, ameaça de destruição e do diabo? Há bruxas, cabo de vassouras, bastões, corujas, fantasmas, esqueletos, morte, e monstros. Vestem nossas crianças como demônios, bruxas, fantasmas, monstros e as mandam (nos Estados Unidos principalmente) para fora nas ruas, na escuridão e refazer a prática dos druidas, do alimento exigindo dos povos sob a ameaça dos truques se não cooperar.

Nós pegamos não um nabo, mas abóboras e esculpimos as caras dos demônios nelas e decoramos os lugares com elas. Em Halloween haverá maçã balançando, divindade chamando fortuna, casas assombradas, as velas iluminando, e os espíritos chamados. Haverá outras coisas em nome do divertimento e do excitamento. Haverá sacrifícios dos cães, de gatos, de ratos, de galinhas, de cabras e mesmo de seres humanos!

Você diz, "mas... nós não levamos isto a sério".

Mas o diabo leva!

Referências Bíblicas
Oseias 4:6
Ezequiel 44:23
Deuteronomios 18:9-14
Jonas 1:27
2 Corintios 6:14
Filipenses 4:8
Deuteronomios 7:25-26
1 Tessalonissences 5:21-23
1 Corintios 10:19-23

Principal Fonte
Tom McKenny,
"Festival of Death

Traduzido por
Joel dos Santos


A partir de agora, a partir do momento que vc leu este texto, vc está consciente!
Não poderá mais dizer que é só uma brincadeira inocente e que não tem más influências.
Caberá a vc livrar crianças do seu meio familiar e social desta maldição.


A imagem é de um calendário de 1950.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Bodas


Isso pode até não ter valor para algumas pessoas... mas eu creio que existem pessoas casadas e FELIZES!!

Anos Juntos - Comemorá-se:

1 ano – Bodas de Papel
2 anos – Bodas de Algodão
3 anos – Bodas de Trigo ou Couro
4 anos – Bodas de Flores e Frutas ou Cera
5 anos – Bodas de Madeira ou Ferro
6 anos – Bodas de Perfume ou Açúcar
7 anos – Bodas de Latão ou Lã
8 anos – Bodas de Papoula ou Barro
9 anos – Bodas de Cerâmica ou Vime
10 anos – Bodas de Estanho ou Zinco
11 anos – Bodas de Aço
12 anos – Bodas de Seda ou Ônix
13 anos – Bodas de Linho ou Renda
14 anos – Bodas de Marfim
15 anos – Bodas de Cristal
16 anos – Bodas de Safira ou Turmalina
17 anos – Bodas de Rosa
18 anos – Bodas de Turquesa
19 anos – Bodas de Cretone ou Água Marinha
20 anos – Bodas de Porcelana
21 anos – Bodas de Zircão
22 anos – Bodas de Louça
23 anos – Bodas de Palha
24 anos – Bodas de Opala
25 anos – Bodas de Prata
26 anos – Bodas de Alexandrina
27 anos – Bodas de Crisopázio
28 anos – Bodas de Hematita
29 anos – Bodas de Erva
30 anos – Bodas de Pérola
31 anos – Bodas de Nácar
32 anos – Bodas de Pinho
33 anos – Bodas de Crizo
34 anos – Bodas de Oliveira
35 anos – Bodas de Coral
36 anos – Bodas de Cedro
37 anos – Bodas de Aventurina
38 anos – Bodas de Carvalho
39 anos – Bodas de Mármore
40 anos – Bodas de Rubi ou Esmeralda
41 anos – Bodas de Seda
42 anos – Bodas de Prata Dourada
43 anos – Bodas de Azeriche
44 anos – Bodas de Carbonato
45 anos – Bodas de Platina ou Safira
46 anos – Bodas de Alabastro
47 anos – Bodas de Jaspe
48 anos – Bodas de Granito
49 anos – Bodas de Heliotrópio
50 anos – Bodas de Ouro
51 anos – Bodas de Bronze
52 anos – Bodas de Argila
53 anos – Bodas de Antimônio
54 anos – Bodas de Níquel
55 anos – Bodas de Ametista
56 anos – Bodas de Malaquita
57 anos – Bodas de Lápis Lazuli
58 anos – Bodas de Vidro
59 anos – Bodas de Cereja
60 anos – Bodas de Diamante ou Jade
61 anos – Bodas de Cobre
62 anos – Bodas de Telurita
63 anos – Bodas de Sândalo
64 anos – Bodas de Fabulita
65 anos – Bodas de Ferro ou Safira
66 anos – Bodas de Ébano
67 anos – Bodas de Neve
68 anos – Bodas de Chumbo
69 anos – Bodas de Mercúrio
70 anos – Bodas de Vinho
75 anos – Bodas de Brilhante ou Alabastro
80 anos – Bodas de Nogueira ou Carvalho
A foto é de uma imagem do filme alemão "A Massai Branca", que conta a história REAL de uma suíça bem sucedida que deixou seu país e sua família para casar-se com um africano do Quênia, da tribo Massai, e foi viver com ele em sua cabana de galhos e barro. Eles têm uma filha.
Diga-se de passagem... está entre os melhores filmes que já assisti!

Coincidência?


Uma fatia de cenoura parece um olho humano. A pupila, íris e linhas raiadas são semelhantes ao olho humano... e SIM, a ciência agora mostra que a cenoura fortalece a circulação sanguínea e o funcionamento dos olhos.

Um tomate tem quatro câmaras e é vermelho. O coração é vermelho e têm quatro câmaras. Toda a investigação mostra que o tomate é de fato um puro alimento para o coração e circulação sanguínea.

As uvas crescem em cacho que tem a forma do coração. Cada uva assemelha-se a uma célula sanguínea e toda a investigação hoje em dia mostra que as uvas são também um alimento profundamente vitalizador para o coração e sangue.


Uma noz parece um pequeno cérebro, com hemisférios esquerdo e direito, cerebelos superiores e inferiores. Até as rugas e folhos de uma noz são semelhantes ao neo-cortex. Agora sabemos que as nozes ajudam a desenvolver mais de 3 dúzias de neurotransmissores para o funcionamento do cérebro.


Os feijões realmente curam e ajudam a manter a função renal e sim, são exatamente idênticos aos rins humanos.

Os aipos são idênticos a ossos. Estes alimentos atingem especificamente a força dos ossos. Os ossos são compostos por 23% de sódio e estes alimentos têm 23% de sódio. Se não tiver sódio suficiente na sua dieta o organismo retira sódio aos ossos, deixando-os fracos. Estes alimentos reabastecem as necessidades do esqueleto.

Berinjelas, abacates e pêras ajudam à saúde e funcionamento do ventre e do cervix feminino – eles são parecidos com estes órgãos. Atualmente a investigação mostra que quando uma mulher come um abacate por semana, equilibra os hormônios, não acumula gordura indesejada na gravidez e previne cancros cervicais. E que profundo é isto?... Demora exactamente 9 meses para um cultivar um abacate de flor a fruta. Existem mais de 14 000 componentes químicos fotolíticos em cada um destes alimentos (a ciência moderna apenas estudou e nomeou cerca de 141).

Figos estão cheios de sementes estão pendurados aos pares quando crescem. Os figos aumentam a mobilidade e aumentam os números do esperma masculino, assim como ajudam a ultrapassar a esterilidade masculina.

As batatas doces são idênticas ao pâncreas e de fato equilibram o índice glicémico de diabéticos.

Azeitonas ajudam a saúde e funcionamento dos ovários.

Laranjas e outros citrinos assemelham-se a glândulas mamárias femininas e realmente ajudam à saúde das mamas e à circulação linfática, dentro e fora das mamas.

As cebolas parecem células do corpo. As pesquisas atuais mostram que a cebola ajuda a limpar materiais excedentes de todas as células corporais. Até produzem lágrimas que lavam as camadas epiteliais dos olhos.



Não sei a fonte, mas sei que é Portuguesa.
E ainda dizem que eles são burros...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Eu Aprendi...


...que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;

...que ser gentil é mais importante do que estar certo;


...que eu sempre posso fazer uma oração por alguém quando não posso ajudá-lo de alguma outra forma;

...que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir juntos;

...que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;

...que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;

...que dinheiro não compra Carinho;


...que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

...que debaixo da 'casca grossa' existe uma pessoa, que deseja ser apreciada, compreendida e amada;

...que Deus não fez tudo num só dia e tudo que existe foi muito bem pensado pra um propósito;

...que ignorar os fatos não os altera;

...que quando você planeja amar alguém de verdade, apenas está superando todos os seus defeitos;

...que o AMOR e não o TEMPO é que cura todas as feridas;

...que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;

...que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

...que ninguém é perfeito ATÉ... que... você se apaixone por essa pessoa;

...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;


...que as oportunidades nunca são perdidas, alguém vai aproveitar as que você perdeu;

...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

...que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;

...que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

...que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido, ou quando é Deus quem manda;

...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer;


...que pessoas invejosas e que nos fazem mal, são dignas de Perdão e AMORe não de raiva.


Hoje, Senhor, agradeço pela noite e pelo dia maravilhoso, pelo cobertor que me aqueceu nesta noite fria, pelo meu alimento, por mais um dia de trabalho. E principalmente por mais um dia de vida.Abençoa Senhor, meus amigos e inimigos, porque eles também precisam de Ti. Abençoa, Senhor, o meu amigo, que está lendo esta mensagem agora, realize os seus sonhos, lhe dê a vitória que lhe é necessária. Amém.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Meu Tributo ao Amor


Fazia tempo que eu não escrevia para o meu Blog, não que ele não seja mais o meu xodó, não é isso, mas... pq a minha vida deu uma guinada “daquelas” e pra melhor, graças a Deus!

Mas vamos lá!

Confesso! Sempre duvidei do Amor.

Qdo via as pessoas apaixonadas duvidava. Pensava: “isso é agora, quero ver daqui a algum tempo”.
Mas eis que o destino (leia-se Deus) achou de me presentear com um freio não só na língua, mas tbm na mente e no coração: meu Amor Verdadeiro! E que só aumenta a cada dia...
Só então eu pude perceber o qto eu era infeliz.
Comparo as publicações no meu Blog antes e dps de conhecê-lo e com meu antigo Orkut (que já foi até deletado, junto com meu passado) e vejo como melhorei como pessoa: aprendi a perdoar, a relevar, a querer, a valorizar, a me sacrificar, enfim... a amar!

Acredito que seja impossível melhorar sozinho neste sentido. Eu pelo menos estava ficando cada vez pior; cada vez mais fria, mais conformada, cada vez mais infeliz, cética e cega!

Deus é Amor, e eu duvidei d’Ele.
Hj eu vejo a manifestação do Amor de Deus através da vida do meu amado, Eduardo.
Ele não é perfeito, nem é o melhor ser da raça humana, mas com certeza é o melhor pra mim.

Agora tenho que correr atrás do tempo perdido.

Eu sou grata ao Amor, que pôs luz, cor e calor no meu mundo e nos meus sonhos.

Desejo à todos AMOR!
Que amem e que se deixem ser amados!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Do Amor Humano

Parte do cap. XIX do livro "WE - A Chave da Psicologia do Amor Romântico", de Robert A. Johnson, 1987, Ed. Mercuryo, baseado em princípios jungianos de psicologia e interpretação do mito "Tristão e Isolda".

As pessoas ficam tão exauridas com os ciclos e os becos sem saída do romance, que começam a se perguntar se realmente existe uma coisa chamada “amor”.

Existe, mas algumas vezes precisamos promover profundas mudanças de atitudes antes de podermos descobrir o que é o amor e assim abrir um espaço para ele em nossa vida. [...]
Por ser amor um arquétipo, ele apresenta sua própria individualidade, suas peculiaridades, sua “personalidade”. Como um deus, o amor se comporta como uma “pessoa” no inconsciente, um ser independente na psique. Amor é distinto do meu ego; ele já estava no mundo antes do meu ego chegar, e quando este se for, o amor continuará aqui. Ainda assim, o amor é “alguma coisa” ou “alguém” que habita dentro de cada um. É uma força que atua do interior para o exterior, que permite ao ego enxergar além de si mesmo, e com isso ver os outros seres humanos como algo que deve ser valorizado, estimado, e não usado.

Quando eu digo que “amo”, não sou eu quem ama; na realidade, é o Amor que age através de mim. [...] Uma identificação que simplesmente flui de dentro para fora, independente das minhas intenções ou de meu esforço.

O amor realiza melhor sua alquimia – mais do que podemos imaginar – quando seguimos o conselho de Cordélia, no Rei Lear, de Shakespeare: “Ama e permanece em silencio”.
O amor existe independentemente de nossas opiniões sobre como ele deveria ser. Apesar das mentiras e do egoísmo que tentamos justificar em nome do “amor”, ainda assim ele mantém imutáveis suas características. Sua existência e sua natureza não dependem da nossa ilusão, de nossas opiniões ou de nossas fraudes.

O amor não é o que a sociedade nos leva a esperar, não é aquilo que nosso ego deseja, não é o palavreado piegas nem os êxtases exagerados que nos acostumamos a esperar dele. Acontece que o amor é, ele é aquilo que “eu sou”, e não o ego que eu gostaria que ele fosse.
É necessário que saibamos tudo isso a respeito do amor, caso contrário jamais agüentaríamos encarar honestamente nossos auto-enganos. O ego sabe somente defender-se a si mesmo e aos seus desejos, mas o amor “não procura seus próprios interesses... tudo espera, tudo crê, tudo suporta”.

O amor humano está tão distorcido pelos excessos e pelas perturbações do romance, que quase nunca procuramos o amor pelo amor. À medida que passamos a entender suas características e sua forma de agir, começamos por divisá-lo por dentro de nós – manifestado nos sentimentos, na vibração espontânea de calor humano com relação às pessoas, nos pequenos gestos de afeição que nos passam desapercebidos, e que tecem o fio secreto de nossa vida de todos os dias.

O amor é o poder que dentro de nós aceita e valoriza o outro ser humano tal como ele é, que aceita a pessoa que ali está, verdadeiramente, e não transforma no ser idealizado pela nossa projeção. O amor é o deus interior que abre nossos olhos cegos para a beleza, o valor e as qualidades da outra pessoa. O amor nos faz respeitar a pessoa como um todo, [...] o que significa que tanto aceitamos o lado negativo quanto o positivo, tanto as imperfeições quanto as qualidades admiráveis. Quando alguém realmente ama um ser humano – e não uma projeção – ele ama a sombra assim como ama todo o resto. Ele aceita a totalidade do outro.

O amor humano permite ao homem ver o valor intrínseco da mulher, e por isso mesmo o amor o leva a honrá-la e servi-la, ao invés de usá-la para os interesses de seu ego. [...]
O amor altera nosso senso de importância. Torna-se tão importante para nós que um ser se complete, que viva plenamente, que encontre alegria na vida, quanto nos é importante suprir nossas próprias necessidades.

No mundo do inconsciente, o amor é uma das grandes forças psicológicas que tem o poder de transformar o ego, de despertá-lo para a existência de algo fora dele mesmo, fora de seus planos, de seu império, fora de sua habitual segurança. [...]

O amor é, por sua própria natureza, o oposto ao egocentrismo.

Quando, porém, nos preocupamos com as “necessidades” criadas por nós, com nossos desejos, sonhos, com o poder que exercemos sobre as pessoas, isto não é amor. O amor é algo totalmente distinto dos desejos do ego e de seus jogos de poder. Ele leva à outra direção, ou seja, a direção à bondade, ao respeito, às necessidades das pessoas que nos cercam. [...]
Por isso criticamos o amor romântico, e esta é a principal distinção entre o amor humano e o amor romântico: o romance, pela sua própria natureza, está fadado a degenerar para o egoísmo, pois ele não é um amor dirigido à outro ser humano.

A paixão do romance é sempre dirigida às nossas projeções, às nossas expectativas, às nossas fantasias. Na verdade, não é o amor que se sente por uma pessoa, mas o que sentimos por nós mesmos. [...]

[...] “Ser capaz de um verdadeiro amor significa amadurecer, ter atitudes realísticas para com o outro. Significa aceitar a responsabilidade pela nossa felicidade ou infelicidade; e não esperar que o outro nos faça feliz, nem culpá-lo por nosso mau humor ou por nossas frustrações”.
(Sanford, Invisible Partners, p. 19-20)

O erro do amor romântico não está no fato de amarmos a nós mesmos, mas no fato de nos amarmos de forma errada. Tentando reverenciar o inconsciente por meio das projeções românticas que colocamos nas pessoas, deixamos de perceber a realidade que existe nessas projeções: não percebemos que estamos buscando nosso self.
A tarefa de resgatar o amor dos pântanos do romance começa com uma mudança de visão em relação ao mundo interior. [...]

Disse Jung certa vez que sentimento é uma questão de âmbito pequeno, e no amor humano podemos ver que isso é verdade. A ligação real entre duas pessoas é vivida nas pequenas coisas que fazem juntas: a conversa calma que mantêm quanto termina a faina diária, a palavra meiga de compreensão, o companheirismo de todo dia, aquele encorajamento nos momentos difíceis, um pequeno presente nos momentos em que menos se espera, os gestos espontâneos de amor.
Quando um casal está verdadeiramente ligado pelos laços da afeição, os dois estão dispostos a abraçar o espectro total da vida humana. Conseguem transformar até mesmo coisas maçantes, coisas difíceis ou prosaicas, em aspectos alegres e gratificantes da vida. Por outro lado, o amor romântico só pode durar enquanto ambos estiverem “altos”, enquanto houver dinheiro e os lazeres forem emocionantes.

O amor se alegra em fazer coisas que aborrecem o ego, está disposto a trabalhar com os variados humores de uma pessoa e com seus momentos de irracionalidade. O amor está pronto para preparar o desjejum e fazer o balanço da conta bancária. O amor está ansioso por fazer essas coisas da vida, porque há ternura e não projeção.
O amor humano faz com que o homem queira ver a mulher como um ser completo e independente, encorajando-a ser ela mesma. O amor romântico apenas reforça aquilo que ele gostaria que ela fosse. [...]

O romance nunca está satisfeito e feliz com o outro, tal qual é.

Necessariamente, dentro do amor humano está a amizade: a amizade no relacionamento, no casamento, a amizade entre marido e mulher. Quando um homem e uma mulher são verdadeiramente amigos eles conhecem os pontos difíceis e as fraquezas do outro, mas não cedem a tentação de criticá-los. Estão mais interessados na ajuda mútua e no prazer que sentem na companhia um do outro, do que em descobrir defeitos. [...]

Os amigos apóiam-se em tempos difíceis, ajudam-se nas tarefas comuns da vida. Eles não impõem padrões impossíveis um ao outro, não exigem perfeição e preferem ajudar-se mutuamente, a se desgastarem com exigências e imposições.
No amor romântico há ausência de amizade. Romance e amizade são forças totalmente opostas, são inimigos naturais com propósitos totalmente opostos. Às vezes as pessoas dizem: “não quero ser amigo (amiga) da minha esposa (esposo); isso acabaria de vez com o romance no nosso casamento”. E é verdade, a amizade acaba com o teatro e com as emoções artificiais de um relacionamento, mas também acaba com o egocentrismo e com a improdutividade, e substitui o drama por algo humano e real.

Se um homem e uma mulher são amigos, então são tanto “o próximo” um do outro, como também amantes, e seu relacionamento se enquadra numa frase de Cristo: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Uma das contradições mais notórias do amor romântico é que muitos casais tratam seus amigos com muito mais bondade, consideração, generosidade – e até capacidade de perdoar – do jeito que jamais o fizeram um com relação ao outro. Quando as pessoas estão com seus amigos, elas são agradáveis, atenciosas e corteses, mas, quando chegam em casa, muitas vezes dão vazão à raiva, aos ressentimentos, aos humores e às frustrações. Estranhamente, eles tratam melhor a seus amigos.
As pessoas não podem exigir que seus amigos carreguem todas as suas projeções, que sejam bodes expiatórios para seus humores, que as mantenham sempre felizes e que tornem a vida plena para eles.

Por que os casais exigem tudo isso um do outro? Porque o culto do romance nos ensina que temos o pleno direito de esperar que todas as nossas projeções sejam carregadas pela pessoa por quem estamos apaixonados, e ainda que ela satisfaça todos os nossos desejos, e que faça com que todas as fantasias se realizem. Em um dos ritos hindus do casamento, o noivo e a noiva juram solenemente: “Você será o meu melhor amigo”. Os casais ocidentais têm de aprender e serem amigos, a viver juntos no espírito da amizade, a ter como guia a virtude da amizade para sair do emaranhado que fizemos do amor.
Os hindus não tentam fazer do casamento nem do relacionamento um substitutivo pra a comunhão com a alma. Encontram seus deuses no templo, algumas vezes, na meditação ou, no guru; não tentam fazer com que os relacionamentos exteriores desempenham o papel dos interiores.

Existe um amor tranqüilo, constante, nos casamentos hindus; existe afeto profundo e estabilidade, eles não se envolvem nas violentas oscilações entre o “apaixonar-se” e o “desapaixonar-se”, entre a adoração e a decepção, a que os casais ocidentais estão acostumados.
No casamento tradicional hindu, o compromisso que o marido assume com relação à esposa [...] é baseado no amor que sente por ela, não no estar apaixonado por um ideal que projeta nela. Seu relacionamento não vai desmoronar só porque um dia ele se “desapaixona”, ou encontra outra mulher que capte melhor suas projeções. Ele tem um compromisso com uma esposa e uma família, não com uma projeção.

Gostamos de pensar que somos mais sofisticados que os “simples” hindus, mas, em comparação com eles, a média dos ocidentais é como um touro com um aro no focinho, sempre indo atrás de sua projeção, passando de uma mulher para outra, sem construir qualquer relacionamento verdadeiro ou qualquer compromisso com uma delas. Na área dos sentimentos humanos – amor, relacionamentos – os hindus desenvolvem uma consciência altamente diferenciada, sutil, refinada. Nesses assuntos, sabem agir melhor do que nós.

Uma das coisas mais impressionantes e surpreendentes que pude observar entre hindus tradicionais foi a vivacidade, a felicidade e a saúde psicológica de suas crianças, que não são neuróticas; elas não são atormentadas no íntimo, como tantas crianças ocidentais.
Estão constantemente envoltas em calor humano e sentem a vibração de paz e afeição entre seus pais. Elas sentem a estabilidade, o caráter permanente de sua família. Seus pais têm um compromisso para sempre; elas não os ouvem se seu casamento “vai dar certo”; separação e divórcio não pairam no ar como espectros.

Para nós, ocidentais, não há como voltar atrás no tempo. Não podemos seguir a forma de ser dos hindus, não podemos resolver nosso dilema ocidental pela imitação dos costumes ou condutas de outros povos. Não podemos fazer de conta que nossa psique é oriental, quando ela é ocidental. Temos que lidar tanto com nosso inconsciente ocidental quanto com nossas feridas ocidentais; temos de encontrar o bálsamo cicatrizante dentro de nossa alma ocidental. Bebemos da poção do amor e mergulhamos na era romântica de nossa evolução, e a única saída é o caminho que nos leva para frente.

Não podemos voltar e não devemos parar.

Mas podemos, sim, aprender com os orientais a sair de dentro de nós mesmos, de dentro de nossas presunções e nossas crenças, o tempo necessário para nos vermos em uma nova perspectiva. Podemos aprender, sim, como nos aproximar do amor com novas atitudes, sem o pesado fardo dos dogmas de nossa civilização.

Podemos aprender que relacionamento humano é inseparável de amizade e do compromisso. Podemos aprender que a essência do amor não é usar o outro para a nossa felicidade, mas sim servir e encorajar aquele a quem amamos; e finalmente, poderemos descobrir – para nossa surpresa – que o que mais necessitamos não é tanto sermos amados, mas sim amar.